
Amarelo splaft é aquele amarelo-amarelo, sabe? Aquele que estoura nos seus olhos, que serve de referência num show lotado.
29 anos, há quatro aqui. Vendo livros novos e lidos, e tudo soa bege, numa confusão entre as paredes e o amarelado das páginas. Não aceito o adjetivo sebo.
Meus pais moram na Holanda,
meu pai é holandês. Não, não moram em Amsterdã, mas numa provínciazinha de casas térreas e telhados triangulares, em Gueldres (ou Güéldria ou Gelderland). Foram quando eu tinha 15, e não os acompanhei porque seria muito difícil conseguir emprego sem um diploma universitário. Prometi que iria assim que terminasse os estudos em Filosofia, e eles encararam com uma naturalidade quase ofensiva a idéia de deixar aquele teenager tímido e passivo tomar conta de sua vida. Nunca terminei a faculdade.

Ah, e tenho um meio-irmão, Rory, gordo, inglês, peludo e gay. Mora nos EUA, é filho do primeiro casamento do meu pai. É 10 anos mais velho que eu e me liga com periodicidade imprevisível, normalmente depois de ter dado a bunda para algum desconhecido, tanto meu quanto dele.
Logo, a freqüência de suas ligações é proporcional à de trepadas, o que me mantém informado sobre sua vida sexual, mesmo que contra minha vontade.